domingo, 4 de outubro de 2015

ECLIPSE LUA VERMELHA e VIDA EM MARTE

De repente a astronomia vira assunto de elevador, conversa de botequim, ocupa o facebook e tudo mais. Sim amigos e amigas...esse conteúdo tão glamoroso e cotidiano é astronomia, da melhor espécie. Incrível, mas a terra é mesmo um planeta girando em torno de si mesmo e navegando em torno do sol, com a belíssima companhia da lua. Tudo o que parece calmo e sossegado pra gente, acontece a velocidades quase insuportáveis para os nossos veículos mais avançados.
Para levar os 33 anos que vai demorar pra voltar a acontecer novamente um eclipse como este, a terra corre em torno do sol a impressionantes 107.200 km/h, cento e sete mil e duzentos quilômetros por hora. A lua é uma velocista e tanto. Além de seguir acompanhando essa loucura da terra em volta do sol ela é uma super corredora, girando em torno da terra a 3.700 km/h.
Um ponto na superfície da terra, na linha do equador, logo ali no norte do Brasil, gira a mais de 1600 km/h, mil e seiscentos quilômetros por hora. A nossa sorte é que temos uma gravidade bem legal por aqui, senão já teríamos sido arremessados bem antes de existirmos. E mais sorte temos ainda porque tudo corre junto com a gente: as plantas, os pássaros, o mar, o ar, a atmosfera. Ah sim...sem ela não seríamos nem nada disso nem veríamos a lua mais avermelhada.
E Marte com água? Com vida? Sem marcianos? Com rosto de Jesus?
Mais ou menos dúvidas, mais ou menos fantasias, Marte é o próximo passo da exploração espacial. O noticiário faz bem para a pesquisa porque ajuda a movimentar recursos, e a NASA sabe fazer essas coisas muito bem. Por isso é bom ler as matérias inteiras e perceber que aquelas visões virtuais que “esverdeiam” a superfície do planeta, são belas manobras de marketing, mas os cientistas não confirmam nada.
O mundo gira, a lua gira, o sol gira, a via láctea gira, e a gente tem que ficar atento e forte e coração tranquilo para que a mente quieta saiba apreciar as maravilhas do universo e as nossas conquistas, sem ficar tonto com tantos giros e com tantas informações sobrepostas rolando nas redes.

Cleston Teixeira
Setembro 2015
(Voltando às Cronicas Astronômicas)

CONJUNÇÃO RARÍSSIMA

Conjunção coordenativa, subordinativa, adverbial ou conjunção carnal...todas elas comuns, mas muitas vezes ocultas fora das análises gramaticais, sintáticas especialmente para os que falam a língua sem pensar.
Júpiter, Vênus, Lua, e ainda seus asseclas, ooops satélites também formam conjunções aditivas, transitivas e cumulativas de várias ordens. Sim, os astros vêm com tudo o que está em torno deles, satélites, anéis, mitos e lendas de cada um e de todos nós. Porque tem gente que conta histórias de filhos que nascem com cara disso e jeito daquilo quando a lua está em um ou em outro. Tem gentes que fazem previsões otimistas quando os brilhos se juntam e tem povo que jura que quando a lua está em júpiter é sinal certíssimo de mudança de uma era.
Não há nada mais chato do que um cara metido a conhecer de planetas e luas vir com esse papo de que esses encontros visuais de astros são muito comuns e não significam nada, mesmo porque as distâncias entre eles são tão, mas tããão grandes que nenhum dos seus possíveis habitantes ou fluxos energéticos fariam qualquer diferença para esses insignificantes observadores dessa bolinha azul.
Aliás quase ninguém sabe, ou se lembra porque que essa bolinha é azul, e menos ainda que esses brilhos poderiam ser bem mais brilhantes se a gente não enchesse o azul que nos envolve de tanta porcaria. Quase ninguém percebe que cada vez menos gentes se incomodam de não ver mais as estrelas, saber seus nomes, reconhecer os desenhos que criamos no céu, brincar de fazer seus próprios desenhos enfim curtir esse incrível cine 360 que temos à disposição.
Conjunções são mesmo fenômenos atraentes, principalmente quando a gente sabe o tamanho da coincidência e da sorte de sermos os únicos prováveis observadores desses encontros de astros no mesmo ponto de vista. E digo prováveis porque podem haver outros moradores não identificados por aqui, que também possam “olhar” para o céu...sei lá, tem tanta gente circulando por aí!!!


Cleston Teixeira

Julho 2015